quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O primeiro dia do resto da minha vida

No dia anterior a fazer as análises não tinha fome, apenas jantei o dia todo e deviam ser umas 8 horas da noite estava a jantar, uma fatia de quiche com salada, para de seguida ir ver uns concertos que ocorriam numa praça da minha cidade. No dia seguinte levantei-me e fui fazer as análises já perto das 10 da manhã com umas 4 horas de sono. Tirei sangue e segui rumo ao sul, para passar o fim de semana com os meus sogros, mas sempre no pensamento que na próxima 4ª feira seria dia de ir buscar as análises. O que mais temia aconteceu e para além de uma valente anemia a glicemia a 130, chorei, e voltei a chorar. ainda choro afinal foi ontem, mas preciso de encontrar uma forma de aprender a lidar com a diabetes. Vou ter de fazer uma outra análise mas a minha médica de família está de férias, só volta a 26 de Setembro, mas por opção comecei já a fazer pesquisa sobre a doença e a ver o que posso e não posso comer.
Desde pequena que a diabetes era um bicho papão que me atormentava, a minha mãe teve diabetes gestacional com a minha idade, 28 anos, e eu nasci com 4150 kg e 54 cm com 7 meses e 2 semanas. A minha mãe tentou sempre controlar-me os doces até que faleceu em 2001 mas depois eu própria perdi o controlo, sempre que fazia análises esperava ver o resultado destas ultimas mas sempre me fui safando, até ao dia de ontem. Não é o facto de deixar de comer doces que me atormenta, é mais tarde poder vir a ter outras complicações. Para já quero apensas parar de chorar e de estar triste e encarar tudo como uma nova etapa, como "o primeiro dia do resto da minha vida" .

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